Nos próximos meses, a apicultura piauiense vai ganhar muito mais destaque do ponto de vista mercadológico. Além da certificação em Comércio Justo conquistada, esta semana, pelos apicultores de Picos, no sul do Estado, estão programadas outras certificações para o mel produzido no Piauí, principalmente quanto a origem orgânica do produto.
“As certificações são resultado de um grande trabalho desenvolvido pelo Sebrae junto a esse setor econômico. Sempre focamos nossas ações na capacitação dos apicultores, no repasse das técnicas de manejo, na melhoria do mel, ou seja, buscamos a qualidade do produto. Isso valoriza ainda mais o nosso mel nos mercados nacional e internacional. Além disso, estimulamos o acesso a outros mercados, seja em participação em feiras e eventos, seja promovendo encontros de negócios”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Delano Rodrigues Rocha.
O diretor acrescenta que tanto a certificação do mel em produto orgânico quanto no Comércio Justo fazem parte de editais disponibilizados pelo Sebrae Nacional, verdadeiros investimentos que a instituição realiza no setor apícola e que tem conquistado resultados mais que satisfatórios em novas oportunidades de trabalho.
Os processos que atestam a qualidade do mel são longos, exigem adequações e muita dedicação por parte dos apicultores e suas entidades associativas.
Para o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, o objetivo maior dessa ação é melhorar a comunicação junto ao consumidor final.
“Quando se fala em mel logo se associa ao Piauí e em especial à região de Picos. O processo de certificação irá melhorar a comunicação com o mercado consumidor para a qualidade do mel do Estado”, ressalta Alvim.
Em relação à certificação para o mel orgânico aconteceram oficinas de sensibilização, em gestão da casa de mel e em produção orgânica do produto. Foram realizadas quase 1.800 horas em consultorias de campo como cadastro de apicultores, mapeamento dos apiários e das casas de mel, e outras 960 horas de consultorias de coordenação desses empreendimentos coletivos. Todas as consultorias tiveram a inspeção do Instituto Biodinâmico, certificadora brasileira reconhecida na Europa, Estados Unidos e Japão.
“Na verdade, os apicultores piauienses, através dessas certificações, agregam mais valor aos seus produtos. Em muitos casos, o mel piauiense chega a ter 30% de valorização em relação a outros tipos de mel. Tudo por conta da certificação orgânica”, informa o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae no Piauí, Francisco Holanda.
Segundo Holanda, essas certificações são renovadas anualmente e, a cada período, o Piauí aumenta o número de apicultores inseridos nessa ação.
Até o momento 513 apicultores da Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro, Casa Apis, em Picos, e 879 da Associação dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes, AAPI, estão renovando seus certificados em produção de mel orgânico.
Em relação à comercialização do mel, os números mostram que a apicultura piauiense está no caminho certo em direção à geração de trabalho e incremento de renda. Somente em 2009, o volume de comercialização superou a cifra dos R$ 2,8 milhões.
Fonte: Agencia Sebrae
Um comentário:
Que texto legal, sempre bom ver o reconhecimento de nosso produto. Parabéns Piauí.
Abraços forte
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