
“As certificações são resultado de um grande trabalho desenvolvido pelo Sebrae junto a esse setor econômico. Sempre focamos nossas ações na capacitação dos apicultores, no repasse das técnicas de manejo, na melhoria do mel, ou seja, buscamos a qualidade do produto. Isso valoriza ainda mais o nosso mel nos mercados nacional e internacional. Além disso, estimulamos o acesso a outros mercados, seja em participação em feiras e eventos, seja promovendo encontros de negócios”, afirma o diretor superintendente do Sebrae no Piauí, Delano Rodrigues Rocha.
O diretor acrescenta que tanto a certificação do mel em produto orgânico quanto no Comércio Justo fazem parte de editais disponibilizados pelo Sebrae Nacional, verdadeiros investimentos que a instituição realiza no setor apícola e que tem conquistado resultados mais que satisfatórios em novas oportunidades de trabalho.
Os processos que atestam a qualidade do mel são longos, exigem adequações e muita dedicação por parte dos apicultores e suas entidades associativas.
Para o gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae Nacional, Paulo Alvim, o objetivo maior dessa ação é melhorar a comunicação junto ao consumidor final.
“Quando se fala em mel logo se associa ao Piauí e em especial à região de Picos. O processo de certificação irá melhorar a comunicação com o mercado consumidor para a qualidade do mel do Estado”, ressalta Alvim.
Em relação à certificação para o mel orgânico aconteceram oficinas de sensibilização, em gestão da casa de mel e em produção orgânica do produto. Foram realizadas quase 1.800 horas em consultorias de campo como cadastro de apicultores, mapeamento dos apiários e das casas de mel, e outras 960 horas de consultorias de coordenação desses empreendimentos coletivos. Todas as consultorias tiveram a inspeção do Instituto Biodinâmico, certificadora brasileira reconhecida na Europa, Estados Unidos e Japão.
“Na verdade, os apicultores piauienses, através dessas certificações, agregam mais valor aos seus produtos. Em muitos casos, o mel piauiense chega a ter 30% de valorização em relação a outros tipos de mel. Tudo por conta da certificação orgânica”, informa o gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Agronegócios do Sebrae no Piauí, Francisco Holanda.
Segundo Holanda, essas certificações são renovadas anualmente e, a cada período, o Piauí aumenta o número de apicultores inseridos nessa ação.
Até o momento 513 apicultores da Central de Cooperativas Apícolas do Semi-Árido Brasileiro, Casa Apis, em Picos, e 879 da Associação dos Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes, AAPI, estão renovando seus certificados em produção de mel orgânico.
Em relação à comercialização do mel, os números mostram que a apicultura piauiense está no caminho certo em direção à geração de trabalho e incremento de renda. Somente em 2009, o volume de comercialização superou a cifra dos R$ 2,8 milhões.
Fonte: Agencia Sebrae